"Mas ficai sabendo que a poesia se encontra em todo lugar onde não estiver o
sorriso, estupidamente zombeteiro, do homem, com cara de pato"
Maldoror - Comte de Lautréamont - Isidore Ducasse
22 de junho de 2006
MORRO DO QUE HÁ NO MUNDO
Morro do que há no mundo: do que vi, do que ouvi. Morro do que vivi.
Morro comigo, apenas: com lembranças amadas, porém desesperadas.
Morro cheia de assombro por não sentir em mim nem princípio nem fim.
Morro: e a circunferência fica, em redor, fechada. Dentro sou tudo e nada.
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