BANQUETE PARA UM FANTASMA
numa bandeja foi servida a hora
em um castiçal, meio tempo aceso
um sopro magro vinha porta fora
e porta adentro vinha um sopro obeso
na sala, ao canto, tinha um riso torto
em pé junto à porta um vulto ao revesso
todos falavam, ninguém se entendia
nas mãos um aceno em forma de enfeite
na mesa, à testa, um fantasma comia
cantava e sorria atento ao banquete
Majela Colares.
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