ATRAVESSANDO O PARQUE
Estão trabalhando no parque
onde o cheiro da morte é verde,
o da grama sendo cortada,
o dos talos sentindo sede;
pombos continuam a morrer,
sem uma pluma aparecer,
como se houvesse um cemitério
invisível, dentro dos ares,
que os apagasse (falo sério);
saindo do parque, a cidade
está em lágrimas, é tarde.
Alberto da Cunha Melo.
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