26 de outubro de 2008

ALÉM



Alfim! Vais repousar, corpo meu tão franzino,
Escudo, roto já, pelos gládios da Sorte;
A decomposição completa o teu destino,
As atrações do Além levam-me além da morte.

Para o Azul, para o Azul!... Vou perlustrar espaços,
Alma, - de sol em sol, - filtro que o corpo encerra...
Melhor fora, talvez, a noite de teus braços,
Meu amor; bem melhor! nos presídios da Terra.
Exílios! De tua alma a minha alma se ausenta,
Soluças! Nosso adeus é agonia lenta,
A Quimera a morrer nos braços de um titã...

Ficas em teu solar, sigo para o Mistério...
Quando seremos - LÁ! - no infinito sidéreo,
Almas nupciais na radiosa manhâ?


Dario Velozo.

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