NA TASCA
Dentro, na esconsa mesa, onde fervia
Fulvo enxame de moscas sussurrantes,
Num raio escasso e trêmulo do dia,
Espanejando as asas faiscantes,
Vi-o: bêbado estava, e inebriantes
E capitosos vinhos mais bebia,
E em tédio, como os fartos ruminantes,
A larga boca estúpida movia...
E eu pensativo, eu pálido, eu descrente,
Aproximei-me do ébrio, com tristeza,
Sem ele quase o pressentir sequer;
E vi; - seu dedo, aos poucos, lentamente,
No vinho esparso, que ensopava a mesa,
Ia traçando um nome de mulher.
François Coppée.
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