6 de agosto de 2006

COR INVISÍVEL

Quando eu vejo a mocidade
Sonhando os seus amores
Pensam que tudo são flores
Mal sabem que isso é da idade

Brincam de amor almas puras
E eu que bem sei do que falo
Sei das vielas escuras
Da solidão e me calo

É que o amor é o perfume
De uma flor impossível
Que tem a cor invisível
E seu espinho o ciúme

Ai de quem bebe do rio
Dessa ilusão passageira
Sente um estranho frio
Tomar-lhe a alma inteira

É que o amor não se basta
Nunca ele é por inteiro
Onde o desejo se alastra
Sofre alguém prisioneiro

Quem inventou esta sorte
Olhou no olho da fera
Sonhou enganar a morte
Beijou mais uma quimera


Abel Silva.

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial