1 de abril de 2007

CANTO COPTA







Deixai que eruditos disputem e clamem,
Que austeros mestres doutrinem e falem;
A mais sábia gente de todas as eras
Sorri e confirma o que vos declaro:
Nunca esperar que insensatos se emendem;
Eleitos do espírito, ó, tende os dementes,
Como dementes que são, e nada mais!

Merlino, o mago, na gruta radiosa,
Que enlevado eu ouvia, quando moço, falar,
Idêntico preceito timbrava a ensinar:
Nunca esperar que insensatos se emendem;
Eleitos do espírito, ó, tende os dementes,
Como dementes que são, e nada mais!

Lá nas alturas abruptas da Índia,
Bem como nas criptas profundas do Egito,
O verbo sagrado ouvi proclamar:
Nunca esperar que insensatos se emendem;
Eleitos do espírito, ó, tende os dementes,
Como dementes que são, e nada mais!
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Johann Wolfgang von Goethe.
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