22 de fevereiro de 2010

MINHA ADMIRAÇÃO



Existem pessoas, que desde pequenas, demonstram carcterísticas logo identificáveis: são líderes, empreendedores, possuem inteligência acima do normal (mesmo que não completem todo o ensino fundamentel) são hábeis em cáluculos, em negociações, exercem poder de atração e sabem como lidar com os melhores nichos de mercado. A essas pessoas, muito comumente chamadas de "self made man", ou seja, homens que se fizeram por sí próprios, são atribuidos o dom de empreender, e muitas vezes de transformar um mercado, e até de revolucioná-los.

São homem às vezes arrogantes, outras vezes um pouco impulsivos, mas todos tem uma coisa em comum: são capazes de, pelos mais diversos motivos que a impulsionam (ódio, rancor, desprezo, ambição ou até amor), se tornaram grandes profissionais nas áreas em que escolheram para atuar. E quando esse tipo de homem parte para a ação, normalmente obtêm êxito, muitas vezes até maior do que o esperado. E acabam superando o mercado.

A maiorias desses homens (ou mulheres) vêm de origem humilde, e já passaram por diversas funções até chegarem ao mote que lhes possibilitou dar o início do que seria o seu grande passo, o seu grande trunfo.
Muitos são egoístas, não se importam com a família, com a ética ou com a moral. Mas muitos também, e parece ser a grande maioria, envolvem nessa fase de crescimento as pessoas nas quais o cercam, sejam irmãos, amigos e demais familiares. Quero falar aqui especialmente desse tipo de empreendedor.

Esses são os homens, que, no decorrer da história, formam uma estrutura social tão forte quanto ruidosa, exatamente pela admiração que causam em muitos e também pela inveja que a sua situação desperta.
Filhos, parentes ou demais agregados desse tipo de pessoas normalmente respeitam a sua hierarquia, admiram o seu poder, buscam imitar as suas atitudes e muitos até procuram sorver da sua sapiência.

Mas ao mesmo tempo em que essas pessoas atraem gente ética, o mesmo se vale para muitos aproveitadores da situação, que os cercam de todos os lados, a todo tempo.
Importante que se saibam, especialmente os filhos, que jamais poderá se ter o seu know how, a sua perspicácia, e, especialmnte, o seu magnetismo. Existem muitos filhos que procuram sempre ajudar seus pais, e tem a devida consciência de que nunca serão nem ao mesmo uma sombra do que eles foram em suas áreas. Mas eles não se importam, querem ver o sucesso de tudo e de todos, mesmo que muitas vezes isso signifique brigas internas. Filhos de pais empresários detestam brigas internas, talvez pela genética herdada do pai, destacando a inteligência e em especial outros atributos que são hereditários, como por exemplo a ganância, já que foram criados com todas as suas necessidades básicas supridas. Sendo assim, tais filhos pensam menos em dinheiro e mais e valores. Porém é prática muitas vezes comuns nos casos dos filhos, de se tornarem temperamentais e defensores de situações contrárias e alheias ao próprio tutor, em virtude do choque de gerações e em defesa do que ele acha o correto em função das regras estabelecidas ou não.

Outros filhos, quando se pronunciam qualquer forma de idéia, cujo ele mesmo pensa ser algo de bom a ser discutido numa reunião, muitas vezes acaba ouvindo depois delas "pelas costas", pelos mesmos que estavam lá como uma "sabedoria soberba", ou seja, ridicularizam todo o seu suor e sangue, todo o seu tempo em pesquisa, numa frase humilhante e indígna. Filhos de pais importantantes precisam ser fortes, pois muita gente quer ve-los longe, pois os assuntos incomodam a sua comodidade.

Por isso cabe sempre os mesmos (e também aos mais próximos) de se ter a idéia que que o nosso homem forte jamais será substituível, seja por um dos filhos, seja por um dos parentes, ou seja por um estranho desconhecido.
Quem trabalha com homens assim, especialmente no caso de empresas familiares, deve saber que alí o seu sangue é o sangue de todos, especialmente da família.

Um filho de alguém de destaque pode ouvir coisas terríveis, até mesmo de pessoas que ele ame como um irmão, como por exemplo: "você não é nada comparado ao seu pai", ou "boa sorte com a sua sabedoria soberba", e até (pasme) "você é o único amigo que perdi até hoje por causa de dinheiro". Triste, lamentável e inverídico, mas o que se pode fazer mediante tamanha injustiça? Perdoar, mas nunca esquecer. É preciso que essas pessoas olhem para trás, olhem a sua vida, e sejam muito gratas.

Quando algum membro desse clã prefere sair desse núcleo, ele tem todo o direito de sair por conta própria, especialmente se o seu valor vinha sendo contestado pelos demais componentes, especialmente os que confundem o trabalho de filhos em comparação a ser um clone de seus pais. Isso é para quem pensa pequeno, tacanho.
O que não se pode, é trabalhar uma vida toda em função desse núcleo, ser ofendido ou humilhado por pessoas com cargos similares, mas que nem ao menos sabe o que se passa em sua cabeça, sendo, que o que se passa em sua cabeça, era apenas continuar a idéia original na qual ela foi exposta, o sucesso, e muitas vezes desde criança.

A vida continua, pessoas são substituíveis, mas, tenham certeza, algumas pessoas podem ser uma daquelas pilastras que ajudavam a empresa a manter a sua estrutura. A pilastra não precisa de dinheiro, ela precisa de sustentação, de respeito ao seu monte de concreto que até hoje manteve a quadra de pés. E o homem inteligente, aquele que tem o poder de tudo, em especial o da sabedoria, sabe disso.
E viva essa coisa cada vez mais rara, na qual chamamos de gratidão.


Fernando N.